Estes quadrinhos são o resultado de um trabalho feito com muito carinho e credibilidade neste projeto. Tive a sorte de contar com um roteirista, Toni Matas, com o qual coincidi nas questões mais importantes. Os dois víamos claro apresentar a vida de Jesus fielmente como a conta o Novo Testamento. Não inventamos, nem acrescentamos coisas para fazer a história em quadrinhos mais “moderna”, nem quisemos surpreender o público com originalidades e impactos. A coincidência das intenções entre nós, nos permitiu trabalhar sem contratempos e com alegria. Toni trabalhou com os quatro Evangelhos, comparando e escolhendo, e nesse sentido, fez um trabalho que tem muito mérito, pois é uma pessoa com uma tendência nata aos detalhes, a alargar-se e sobre passar limites e aqui teve que fazer um trabalho de contenção e simplificação, que na pessoa que é, resulta quase milagroso. Pela minha parte não me atreveria jurar que estas vinhetas sejam uma obra de arte, mas posso defender que roteiro e desenho explicam bem a história e isso, nos quadrinhos, é o mais importante. Os desenhos narram a história com as imagens de sempre, as que a tradição nos faz acreditar seremcertas, e isso foi feito assim deliberadamente. Nos quadrinhos de linha clara, como os que apresentamos, a cor tem uma grande importância. Por não haver volumes, a composição das vinhetas tem que sustentar e dar força ao desenho e a cor tem a missão de remarcar a composição. Essa foi a principal missão de Carlos Rojas, que já começa a ser um colorista veterano, e que fez esse trabalho com acerto e vocação. Nos dirigimos – naturalmente – às crianças e aos jovens, também aos aficionados de quadrinhos. E de uma maneira especial, a esses adultos que reconhecem seu desconhecimento nesse tema e que sentem a necessidade de aprofundar na fé dos seus antepassados.

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