O alvorecer de uma nova era: Escravidão Total. Neste livro pretendo contar parte da verdade de nosso presente e futuro próximo que ninguém traz a luz. A verdadeira história do Clube Bilderberg documenta a história desumana da subjugação da população por parte de seus governantes. O leitor assistirá ao nascimento de um Estado Policial Global que ultrapassa o pior pesadelo do Orwell, com um governo invisível, onipotente, que toma os fios da sombra, que controla o governo dos Estados Unidos, a União Européia, a OMS, as Nações Unidas, o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e a qualquer outra instituição similar. Tudo está aqui: a história do terrorismo promovido pelos governos, o atual controle da população através da manipulação e do medo e, do mais espantoso de tudo, os projetos futuros da Nova OrdemMundial. Sei que é certo que as pessoas e as organizações não são, nem absolutamente “más”, nemabsolutamente “boas”. Sei que dentro delas, igual ocorre com cada um de nós, existem necessidades de sobrevivência, domínio e poder lutando contra as necessidades de filantropia e de amor para dominar seu comportamento. Mas, parece que no Clube Bilderberg prevalecem (embora não seja de forma absoluta) as necessidades de poder. Estes matizes de nenhuma maneira subtraem importância da terrível situação de alienação a que nos estão levando. Sou consciente de que “os senhores do mundo” também farão coisas construtivas em sua vida (uns mais e outros menos); embora, como já se encarregam eles de fazer pública esta informação através dos meios de comunicação, evitei-a em meu livro: hei-me centrado nesse outro “lado obscuro” irreconhecível, secreto e perverso dos membros do Clube. Também é evidente que algumas das pessoas que estão no poder têm ideais mais elevados e consistentes que as pessoas das quais falo neste livro. Muitos grandes empresários, políticos e, inclusive alguns de seus colaboradores, estão lutando para por limites a depravação do Bilderberg, alguns de fora, outros de dentro, embora, isso sim, todos de forma encoberta. Meu agradecimento para eles (pois supõem para mim uma grande fonte de informação e de animo) e a preocupação por sua segurança me impedem de desvelar seus nomes neste livro. Tampouco este interesse por dominar o resto do mundo é uma novidade na história da Humanidade. Já antes outros o tentaram. Em antigas civilizações de nosso planeta houve escravidão e abusos por parte da elite dominante. Em épocas anteriores da História vimos medidas draconianas impostas sobre as nações, mas o que nunca se viu, foi um ataque como este aos direitos das pessoas e à democracia. O lado obscuro do Clube Bilderberg – a pior maldade a qual nunca enfrentou a Humanidade – esta entre nós, usa os novos e amplos poderes de coação e terror que a ditadura militar-industrial global requer, para acabar com a resistência e governar aquela parte do mundo que resiste a suas intenções. O desenvolvimento das comunicações e da tecnologia, unido ao profundo conhecimento atual sobre engenharia (manipulação) da conduta, está favorecendo que, o que em outras épocas foram só intenções sem consumação, hoje se estejam convertendo em realidade. Cada nova medida, por si só, pode parecer uma aberração, embora o conjunto de mudanças que formam parte do processo contínuo em curso constituem um movimento para a Escravidão Total. Durante as ultimas décadas os grandes psicólogos (Freud, Skinner, Jung…) foram utilizados, para os fins do governo mundial, através de institutos como Tavistock, ou Stanford, organismos colaboradores do Clube Bilderberg, embora não saibamos até que ponto foram estes informados dos objetivos de dominação mundial do Clube. As investigações e os ensaios sobre o comportamento humano foram demonstrando que a dominação deste não pode provir do castigo, nem dos reforços negativos, mas sim dos reforços positivos. Os reforços negativos, embora produzam, em certa medida, o comportamento desejado por quem o induz, vão indevidamente acompanhados de sentimentos de raiva, frustração e rebeldia nas pessoas as quais lhes aplica e por isso, esse tipo de técnicas caíram em desuso. Os poderosos têm descoberto que o reforço positivo é a única maneira de provocar nas pessoas, a quem lhes aplica, o comportamento desejado sem ressentimentos, nemrebeldia e de maneira estável. O reforço positivo se está aplicando ao estilo dos conhecidos livros Admirável mundo novo, do Aldous Huxley, e Walden Dois, do B.
E. Skinner: dar algo positivo às pessoas quando cumprem as normas impostas pelo Clube, mas fechando qualquer possibilidade de que estas normas se analisemou se questionem. Os senhores do mundo tentam fazer que a gente se sinta “bem” e “responsável” quando faz o que eles dispõem; durante os últimos trinta anos a população se tornou cada vez mais obediente e submissa (por exemplo, vemos ultimamente como se está promovendo o voluntariado, elogiando e “heroificando” aos que se unem a ele, embora seu fim último seja reduzir o mal-estar provocado na sociedade pelo desemprego e assim prevenir os “distúrbios sociais”). Para saber até onde podem chegar, sem que a população se revolte, estão realizando múltiplos experimentos, como a atual campanha contra o tabaco. Que a gente fume ou não, não é algo tão importante para os governos como parece. Muito mais nefasto para a saúde da população são os gases que soltam os carros, contra os quais não se faz nada. Embora os técnicos que aplicam as campanhas antitabaco acreditem, fervorosamente, em sua necessidade; acima é só um experimento a mais, sobre a submissão da população, e sobre o qual devem estar bastante contentes com os resultados: observemo que ocorre no Metrô, ou no AVE, se a algum “louco” lhe ocorre acender um cigarro. Em seguida será observado como se se tratasse de um leproso e alguém lhe aproximará para lhe dizer, educadamente, que é proibido fumar. Observem também a cara de satisfação de quem faz o comentário: a mesma de quando tirava uma boa nota no colégio, ou quando ajuda alguém: a satisfação de ter concluído o seu dever e de sentir-se “apropriado” por formar parte do sistema. Vocês podem recordar se esta atitude era habitual há vinte ou trinta anos? Em um nível muito mais profundo, dentro da sociedade civil, há um pacto, um pacto de silêncio e passividade. Talvez muitos se dêem conta de que não se pode defender a “democracia” destruindo-a, mas decidem calar e seguir com suas cômodas rotinas cotidianas: o que ocorre não os afeta. O problema é que sim, os afeta. A batalha está se liberando neste preciso instante e a ditadura global – o Governo Mundial Único – vai ganhando. O objetivo desta batalha é defender nossa intimidade pessoal e nossos direitos individuais, a pedra angular da liberdade. Implica ao Congresso dos Estados Unidos, a União Européia; os tribunais, as redes de comunicação, as câmaras de vigilância, a militarização da polícia, os campos de concentração, as tropas estrangeiras estacionadas em solo americano, os mecanismos de controle de uma sociedade sem dinheiro efetivo, os microchips implantáveis, o rastreamento por satélite GPS, as etiquetas de identificação por radiofreqüência (RFID), o controle da mente, sua conta bancária, os cartões inteligentes e outros dispositivos de identificação que o Grande Irmão nos impõe e que conectam os detalhes de nossa vida a enormes bases de dados secretas do governo. Consciência de Informação Total. Escravidão Total. Estamos ante uma encruzilhada. Os caminhos que tomarmos agora determinarão o futuro da Humanidade e se entraremos no próximo século que vem como um Estado policial eletrônico global, ou como seres humanos livres, como conseqüência de uma conscientização maciça, que tenha lugar nos Estados Unidos, e no resto do mundo livre frente as atividades criminosas da elite global. Bilderberg, o olho que tudo vê, o Governo Mundial à sombra, decide em uma reunião anual, completamente secreta, como devem levar-se a cabo seus diabólicos projetos. Quando se celebramestas reuniões, indevidamente, seguem- lhes a guerra, a fome, a pobreza, a derrocada dos governos, abruptos; surpreendentes mudanças políticas, sociais e monetárias. Tal regime depende absolutamente da capacidade do Clube para manter a informação silenciada e reprimida. Esse é seu tendão de Aquiles. Enquanto a gente descobre o jogo, o transe coletivo sobre o qual se baseia começa a vir abaixo. O capítulo sobre o Grande Irmão explica como o Grupo Bilderberg pretende nos manter submetidos, mediante o controle que exercem sobre a CE, as Nações Unidas e o governo dos Estados Unidos.
Para controlar nossa reação ante os acontecimentos criados, o Grupo Bilderberg conta com nossas respostas passivas e submissas e não se verá decepcionado enquanto nós, como mundo livre, sigamos respondendo como temos feito até agora. Skinner, colaborador do Instituto Tavistock, organismo, por sua vez, colaborador do Clube Bilderberg, considera incompetente a população geral para educar seus filhos e propõe como sociedade ideal aquela em que os filhos são separados da família depois do nascimento e educados pelo Estado em centros nos quais vivem. Seus familiares só podem passar alguns momentos com eles (nunca em privado) e no caso, por exemplo, de querer comprar um presente, tem que comprar outros para os companheiros de seu grupo, de maneira que os pais acabam por sentir-se desvinculados de seus filhos. O Estado paga aos pais por seus filhos uma quantia estipulada. A Unesco foi criada como objetivo expresso de destruir o sistema educativo. Nossa resposta inadequada à crise e o que esperavam os engenheiros sociais do Tavistock. Outra forma de manipulação da conduta, que utiliza o Clube Bilderberg, é conseguir que a gente obtenha algo que quer, em troca de renunciar outra coisa (principalmente a liberdade). Mais adiante explico como vai surgir uma onda de seqüestros infantis, promovidos por eles, para levar os pais a uma situação de insegurança e ansiedade tão terríveis, que eles mesmos solicitarão a implantação de microchips nas crianças, para tê-los permanentemente localizados. Este é um passo a mais para a Escravidão Total. A manipulação da população se levará a cabo através de um fluxo estável de notícias nos meios de comunicação sobre microchips e globalização. Os meios de comunicação do mundo são os veículos simbólicos mediante os quais o jogo de oferta e demanda de bens controla a população. Entretanto, não terá que esperar que a “imprensa livre” dê a voz de alarme. Os meios de comunicação mundiais formam parte da elite globalizadora, como demonstro no capítulo “A verdadeira história do Clube Bilderberg”, uma organização ultra-secreta que segue sendo graças à cumplicidade da imprensa mundial. Em um mundo materialista, no qual os exibicionistas se dedicam ao jornalismo e ao espetáculo (acaso há alguma diferença?), estes se auto censurarão e satisfarão os supostos interesses de seus amos e, frequentemente, com a astúcia do escravo, conseguirão agradá-los. Há poucas, ou nenhuma vantagem material na honestidade, ou nos princípios. As vantagens materiais dominam tudo, ponto. Neste contexto, as palavras se usam não como argumentos em um debate, a não ser para acabar com a discussão. E falando da natureza humana, o poder corrompe. Corrompe aos que o tem. E corrompe aos que procuram influenciar sobre os que o tem. Os meios de comunicação há muito que formamparte do mundo das elites. A imprensa livre é um mito porque é propriedade dos poderosos. Só quando for propriedade de muitos cidadãos anônimos será possível a existência de uma imprensa realmente livre, apoiada em nosso “direito a saber”. Esta é outra questão oculta: o pacto de silêncio, ativa ou passivamente. Os periódicos importantes, as rádios nacionais e as cadeias de TV se negam a cobrir o tema e não se atrevem a falar dele! Essa é a principal justificação da existência de uma imprensa livre, apesar de todas as suas imperfeições manifestas.
Essa é precisamente a razão pela qual ditadores, oligarcas, juntas militares, imperadores e tiranos, ao longo da História procuraram censurar o debate e sufocar a livre disseminação de opiniões e informação. Por isso o Grupo Bilderberg, a Comissão Trilateral, a Mesa Redonda, o Conselho de Relações Exteriores, a Comissão Européia, as Nações Unidas, o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Clube de Roma e centenas de organizações preferem levar a cabo suas gestões a favor do público em privado. Os gerifaltes não querem que saibamos o que planejamfazer conosco. O totalitarismo é uma solução patológica a uma vida insegura e atomizada, de maneira que permite vender a vontade imagens demagógicas à populações desmoralizadas. Este fato geral foi facilmente entendido pela força diretriz onipresente em organismos multinacionais como a Comissão Trilateral, o FMI, o secreto Conselho de Relações Exteriores e outras entidades corporativas- financistasestatais, que formam parte de uma “rede universal” junto com o Grupo Bilderberg, que é o tumor dominante do sistema entrelaçado (que funcionava antes do retorno a um futuro “sem alternativa”). Manter a maioria da população em um estado contínuo de ansiedade interior funciona, porque a gente está muito ocupada, assegurando nossa própria sobrevivência, ou lutando por ela, assim como, para colaborar na constituição de uma resposta eficaz. A técnica do Clube Bilderberg, repetidamente utilizada, consiste em submeter a população e levar a sociedade a uma forte situação de insegurança, angústia e terror, de maneira que a gente chegue a sentir-se tão transbordada, que peça aos gritos, uma solução, seja qual for. Explicarei detalhadamente neste livro como aplicaram esta técnica com as faixas nas ruas, as crises financeiras, as drogas e o atual sistema educacional. Não esperemos, pois, castigos, nem agressões claras e explicitas por parte dos senhores do mundo sobre a população em geral (sim sobre pessoas concretas), pelo menos até que consigam reduzir a população até o nível que eles consideram “manejável” e estejam seguros de não perder o controle sobre ela. Sua tática, por hora, é muito mais sutil e matreira; estão utilizando o conhecimento de todos os “grandes cérebros” do último século para conseguir seus objetivos: a submissão absoluta da população. O Clube Bilderberg está lutando por romper a fortaleza psicológica do indivíduo e deixá-lo semdefesas. Um dos muitos meios para conseguir este propósito está sendo a insistência atual empotencializar o trabalho em equipe na educação e no âmbito trabalhista, de maneira que nos acostumemos a renunciar as próprias idéias em benefício do grupo. Cada vez são menos os que defendem o pensamento individualista e crítico. Estamos chegando a uma situação em que os “lobos solitários” começam a sentir-se envergonhados de sua existência. Com respeito ao âmbito educativo, também é imprescindível dar a conhecer que os estudos realizados pelo Clube Bilderberg demonstram que conseguiram baixar o Coeficiente Intelectual da população, obrigando principalmente a redução da qualidade do ensino planejado e executado faz anos pelo Clube; embora, é óbvio, publicamente se lança periodicamente a notícia de que o Coeficiente Intelectual médio esta subindo. Eles sabem que, quanto menor o nível intelectual dos indivíduos, menor é a sua capacidade de resistência ao sistema imposto. Para conseguir isto, não só manipularam os colégios e as empresas, mas sim se apoiaram em sua arma mais letal: a televisão e seus “programas semqualidade” para afastar a população de situações estimulantes e conseguir assim adormecê-la. O objetivo final deste pesadelo é um futuro que transformará a Terra em um planeta-prisão mediante um Mercado Único Globalizado, controlado por um Governo Mundial Único, vigiado por umExercito Unido Mundial, regulado economicamente por um Banco Mundial e habitado por uma população controlada mediante microchips, cujas necessidades vitais se reduziram ao materialismo e a sobrevivência: trabalhar, comprar, procriar, dormir, tudo conectado a um ordenador global que fiscalizará cada um de nossos movimentos. Porque quando você compreender o que ocorre, começará a entender que muita gente importante – gente na qual acredita, que admira, a que busca para que o guie e a qual tenta apoiar ?, gente que você acreditava, que trabalhava para nós, a favor da liberdade (os líderes escolhidos democraticamente, os delegados europeus não escolhidos pelo povo, os líderes da sociedade civil, a imprensa), todos os que deveriam proteger zelosamente nossa liberdade, na realidade trabalham para eles, a favor de interesses que pouco tem a ver com a liberdade. Sivanandan, diretor do Instituto de Relações Raciais, disse: “A globalização estabeleceu um sistema econômico monolítico; o 11 de setembro ameaça, engendrando uma cultura política monolítica. Juntos, supõem o fim da sociedade civil.” É o nascimento da Escravidão Total. A UE não é imune a esta nova ideologia, mas sim ajuda a formá-la. Os governos europeus conspiraram para obter o que cinicamente se chama “luta contra o terrorismo”, com o vergonhoso bombardeio e posteriores sequelas no Afeganistão e Iraque, acontecimentos que se venderam a uma população desmoralizada e abatida como sendo atos patrióticos cheios de entusiasmo. Como ocorre com todos os valentões, a maior ameaça à vida provém do próprio sistema de terror que se supõe que protege aos cidadãos do mesmo.
Ou seguimos acreditando nas mentiras propagadas pelos políticos e pelos meios de comunicação, que dizem que a guerra do Afeganistão se tem feito para defender a liberdade, acabar com o talibã, capturar ao Bin Laden e estabelecer a democracia e a igualdade de direitos? Benjamim Disraeli, primeiro-ministro da Inglaterra, apontou que “o mundo é governado por personagens muito distintos do que pensam os que não estão entre bastidores”. Desde 1994, quando David Rockefeller exigiu que se acelerassem os planos para o impulso final da conquista global, toda a população do planeta se viu afligida com uma crise financeira e ambiental, uma após outra; paralisada por um terror de baixa intensidade; uma técnica, conforme demonstro neste livro, usada com freqüência pelos engenheiros sociais, como condição necessária, para manter seus sujeitos em um desequilíbrio perpétuo. A Nova Ordem Mundial se alimenta de guerras e sofrimento; de descalabros financeiros e crises políticas, para manter a expansão de seu esmagador movimento. Apóia-se no medo da gente à liberdade. Por isso, no caso do Afeganistão e Iraque, logo que pareça que terminou a guerra já se ouvem vozes que perguntam: “Quem será o seguinte?” Irã, Síria, China, Rússia. As armas são nosso pão de cada dia. Obtêm-se benefícios das guerras grandes e das pequenas. Ordem Mundial Única. Escravidão Total. “O terror armado”, nas palavras do professor John McMurtry da Universidade Guelph do Canadá, “não é o essencial, a não ser o acessório do significado do novo totalitarismo. É uma forma de governo muito mais eficaz que o terror apoiado na força militar que é mais direto, mas, expõe o sistema a outra forma de resistência”. A História nos ensina por analogia, não por identidade. A experiência histórica não implica estar no presente e olhar para trás. Mais bem implica olhar ao passado e voltar para o presente com umconhecimento mais amplo e mais intenso das restrições de nossa perspectiva anterior. A placa 79 dos Desastres da guerra, de Francisco de Goya, mostra a donzela Liberdade tombada de barriga para cima, com o peito descoberto. Umas figuras fantasmagóricas jogam com o cadáver, enquanto uns monges cavam sua tumba. A verdade morreu. Morreu a verdade. Como soa esta perspectiva? Não depende de Deus libertarmo-nos da “Nova Era Obscura” prevista para nós. Depende de nós. Temos que levar a cabo as ações necessárias. A pessoa precavida vale por duas. Nunca encontraremos as respostas adequadas se não formos capazes de formular as perguntas apropriadas. CAPÍTULO 1 O Clube Bilderberg Eu gostaria de falar com você – disse alguém. Girei-me instintivamente para a direita, embora não visse ninguém.
O cavalheiro que requeria minha companhia estava atrás de mim, e diria, usava meu ombro direito como refúgio. Fique sentado, por favor – sussurrou-me sua sombra. Perdoe-me, mas não estou acostumado a que me dêem ordens, especialmente alguém a quem não conheço – respondi com resolução. Senhor Estulin, sentimos invadir seu espaço, é que nós gostaríamos muito de falar-lhe – disse o primeiro cavalheiro, estendendo uma flácida mão com a esperança de que decidisse estreitá-la. Devo dizer que lhe pedimos a máxima discrição. Por suas piruetas lingüísticas deduzi que esse inglês tinha sido aprendido em um desses colégios elitistas britânicos ou, possivelmente, com um tutor privado. Como sabe meu nome? Não recordo haver-lhe dito. Sabemos bastante de você, senhor Estulin. Podia perceber que o misterioso cavalheiro começava a sentir-se mais relaxado em minha companhia. Por favor, sente-se – disse em um tom mais cálido, aceitando também a distensão do momento. O homem baixou o olhar, tirou uma cigarreira de um dos bolsos de sua elegante americana e começou a examinar. Eu me recostei em meu tamborete esperando que um dos dois rompesse o silêncio. Por exemplo, sabemos que está aqui para cobrir a conferência Bilderberg. Que esteve nos seguindo durante muitos anos. Que de algum jeito, parece conhecer com muita antecipação a localização exata de cada encontro, quando a maioria dos participantes não sabe até uma semana antes. Que, com toda a confidencialidade com a qual nos movemos, você parece saber do que falamos e quais são nossos planos futuros. Você, senhor Estulin, chegou a condicionar a eleição de alguns de nossos participantes. Em um momento dado, pensamos que já o tínhamos; presumimos que tínhamos detectado seu contato no interior. Se você tivesse falhado em suas predições sobre nós, esse participante teria graves problemas pessoais. Felizmente para ele, você acertou. «Acerto do Kent, pensei». Como se inteira de tudo isso? – perguntou o acompanhante de meu interlocutor. Isso é um segredo profissional – repliquei laconicamente. Nesse momento, aproveitei para me fixar nos dois tipos. O segundo tinha os ombros largos; o cabelo loiro; grosso bigode; enormes sobrancelhas arqueadas; uma diminuta boca, que se dobrava geometricamente para formar um sorriso aceitável e um temperamento nervoso.
Seu grosso bigode e seu gordo nariz se esticavam cada vez que falava. Detrás de nós, formando parte de uma incompreensível horda de turistas galeses, sentava-se umhomem barbudo e chateado que levava luvas de pele e um chapéu de viagem. Parecia ser todo umamante da música, ou ao menos isso, é o que dizia a todo mundo, uma mulher gorda, com um enorme lunar no queixo. É você todo um enigma. Meu misterioso interlocutor trocou a posição de suas roliças pernas, introduziu sua mão direita no bolso da calça, deixando entrever uma corrente de relógio, que percorria parte de seu colete e disse em um tom profissional: Então, me diga, por que segue a todas as partes? Você não trabalha para nenhum periódico conhecido. Seus artigos incomodam nossos membros. Vários congressistas americanos e alguns membros do Parlamento do Canadá tiveram que cancelar sua assistência a nosso encontro anual, porque você tirou a luz sua participação. “Você não vai nos vencer. Não é capaz de fazê-lo – sussurrou o segundo tipo. O Clube Bilderberg, senhor Estulin, é um foro privado, no qual participam alguns membros influentes de nossa comunidade empresarial. Também convidamos alguns políticos a que compartilhem conosco suas experiências pessoais e profissionais. Tudo isso fazemos com a esperança de conjuntar as necessidades dos povos do mundo e a política de altos vôos. De nenhuma maneira tentamos influir nos governos, em sua política ou em sua tomada de decisões. Não me escangalhe! – respondi bruscamente. Podia sentir como esticavam os músculos do pescoço e da mão – E eu acredito que Kennedy foi assassinado por extraterrestres; que Nixon foi defenestrado por sua avó; e que a crise do petróleo de 1973, foi provocada pela Cinderela! Se não tivesse sido por nós, o Canadá formaria agora parte do Grande País dos Estados Unidos. Diga-me, por que assassinaram ao Aldo Moro? Sabe que não lhe podemos dizer nada, senhor Estulin. Não vim aqui para discutir com você. Em uma mesa redonda perto da janela, dois turistas alemães, um encostado com os olhos chorosos e o primo do barman jogavam cartas muito entretidos. Em uma mesa adjacente, sentava-se um homem maior, míope, calvo e gordo que usava um traje cinza, muito grande para sua envergadura. Levava uns enormes óculos de concha; sua cara corada se achava escondida atrás da sombra da que foi, em outro tempo, uma grossa barba negra. Um bigode cinzento, um tanto descuidado, rematava sua face. Pediu rum, preencheu seu cachimbo e ficou a observar distraído o jogo. Pontualmente, às onze e quarenta e cinco, esvaziou o cachimbo, meteu-o no bolso da calça, pagou o rum e partiu em silêncio. Seria muito lhe pedir que mantivesse esta conversação na mais estrita confidencialidade? Não estou acostumado a fazer esse tipo de promessas, especialmente em relação ao Clube Bilderberg. Surpreendi a mim mesmo desfrutando do enfrentamento, com a esperança de que o primeiro tipo perdesse os nervos.
O primeiro tipo soltou uma argumentação de vários minutos sobre as virtudes da colaboração entre as nações, as crianças famintas da África e outras comeduras de coco pelo estilo. Tentei me concentrar no que dizia, mas logo me vi observando a cara do segundo tipo. Sorria com expressão ausente ou lambia o bigode. Quando a voz do primeiro tipo cresceu até alcançar a ressonância de um trovão, voltei para a realidade. e podemos lhe compensar por seu tempo perdido, senhor Estulin. Que condições põe? Uma enorme lua iluminou as árvores da rua. Os semáforos se uniram-lhe com seu brilho. Podia-se ouvir o apagado rumor dos restaurantes das cercanias e os latidos de alguns cães. Permanecemos, os três em silêncio durante alguns minutos. Notei que segundo tipo, apoiado na borda de seu tamborete, custava manter-se em silêncio. Semdúvida estava tentando compor uma pergunta ou comentário inteligente. O primeiro homem brincava com seu cigarro, em atitude reflexiva. Seus olhos pareciam olhando o cigarro, mas estavam absortos no vazio. Meu silêncio tem as seguintes condições: quereria que os futuros encontros Bilderberg se anunciassem publicamente com livre acesso a qualquer jornalista que queria assistir. O conteúdo de todas as conferências deveria ser público, assim como a lista de participantes. E, por último, prescindam da CIA, as armas, os cães, a segurança privada e, o mais importante, de seu secretismo! Sabe perfeitamente, senhor Estulin, que não podemos fazer isso. Há muito em jogo e já é muito tarde para esse tipo de câmbio. Então, meu senhor – repliquei, terão que me agüentar até o final. No salão vizinho um piano emitiu uma rápida sucessão de notas misturadas com o surdo som de vozes e risadas de uns meninos. Um grande espelho refletiu por um momento os brilhantes botões do colete do primeiro homem. Então, boa noite, senhor Estulin. O primeiro tipo não perdeu, nem por um instante, suas boas maneiras. Na realidade, era esquisito no trato. «Por isso terão enviado a ele», supus. Possivelmente, em outras circunstâncias, pudéssemos chegar a ser bons amigos.
O segundo tipo respirou profundamente e, com seu chapéu entre as mãos, seguiu os passos de seu chefe. Só ficaram no vestíbulo do hotel duas mulheres com cara sonolenta e um viajante com a barba tingida e um colete de veludo negro, sobre uma camisa branca estampada. «É estranho que se preocupem comigo», pensei. Tinha sido uma experiência tremenda. Só então me dava conta de quanto se achava em jogo. Não tinha sido uma mera conversação entre seu emissário e eu. Os dois homens cruzaram a praça e desapareceram na noite. Sentia que meu corpo ficava mal, embora minha determinação era a de sempre. Agora sabia que, desde aquele momento, minha vida estaria permanentemente em perigo. Imagine um Clube onde os mais importantes presidentes, primeiros ministros e banqueiros do mundo se mesclam entre si; onde a realeza está presente para assegurar-se de que todo mundo vai bem; onde a gente poderosa, responsável por iniciar as guerras, influir nos mercados e ditar suas ordens, diz à Europa inteira o que nunca se atreveu a dizer em público. O livro que tem entre as mãos pretende demonstrar que existe uma rede de uma legislação internacional administrada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Esta rede está dirigida pelo mais secreto dos grupos: o Clube Bilderberg. A razão de que ninguém queira descobrir esta conspiração e opor-se a ela é, nas palavras do jornalista francês Thierry de Segonzac, co-presidente da Federação da Indústria do Cinema, dos Meios Áudio-visuais e Multimídia, muito simples: «Os membros do Clube Bilderberg são muito poderosos e onipresentes para desejar ver-se expostos dessa forma.» Qualquer mudança de regime no mundo; qualquer intervenção sobre o fluxo de capitais; qualquer modificação no estado do bem-estar é plausível, se em um desses encontros seus participantes o incluem em sua agenda. [1] Segundo Denis Healy, ex-ministro da Defesa britânico: «O que passa no mundo não acontece por acidente: há quem se encarregue de que ocorra. A maior parte das questões nacionais ou relativas ao comércio estão estreitamente dirigidas pelos que têm o dinheiro.» Os sócios do Clube Bilderberg decidem quando devem começar as guerras (não em vão, ganhamdinheiro com todas elas); quanto devem durar (Nixon e Ford foram defenestrados por acabar a guerra do Vietnã demasiado cedo); quando devem acabar (o Grupo havia planejado o fim das hostilidades para 1978); e quem deve participar. Eles decidem as mudanças fronteiriças posteriores, e também quem deve se beneficiar da reconstrução. [2] Os membros do Bilderberg «possuem» os bancos centrais e, portanto, estão em posição de determinar os tipos de interesse, a disponibilidade do dinheiro, o preço do ouro e que países devem receber quais empréstimos. Simplesmente movimentando dinheiro, os sócios do Bilderberg, ganham bilhões de dólares. Sua única ideologia é a do dólar e sua maior paixão, o poder! Desde 1954, os sócios do Clube Bilderberg representam a elite de todas as nações ocidentais ─ financeiros, industriais, banqueiros, políticos, líderes de corporações multinacionais, presidentes, primeiros ministros, ministros de Finanças, secretários de estado, representantes do Banco Mundial, da OMC e do FMI; executivos dos meios de comunicação e líderes militares ─, um governo na sombra, que se reúne em segredo, para debater e alcançar um consenso sobre a estratégia global. Todos os presidentes americanos, desde Eisenhower, pertenceram ao Clube. Também, Tony Blair, assim como a maioria dos membros principais dos governos ingleses; Lionel Jospin; Romano Prodi, ex-presidente da Comissão Européia; Mario Monti, comissário europeu da Competência; Pascoal Lamy, comissário de Comércio; José Durao Barroso; Alan Greenspan, chefe da Reserva Federal; Hillary Clinton; John Kerry; a assassinada ministra de Assuntos Exteriores da Suécia, Anna Lindh; Melinda e Bill Gates; Henry Kissinger; a dinastia Rothschild; Jean Claude Trichet, o cabeça visível do Banco Central Europeu; James Wolfenson, presidente do Banco Mundial; Javier Solana, secretário geral do Conselho da Comunidade Européia; o financista George Soros, especulador capaz de fazer cair moedas nacionais em seu proveito; e todas as famílias reais da Europa. Junto a eles sentam-se os proprietários dos grandes meios de comunicação. Sim, também pertencem ao Grupo as pessoas que controlam tudo o que lê e vê, os barões dos meios de comunicação: David Rockefeller; Conrad Black, o agora caído em desgraça, ex-proprietário de 440 meios de comunicação de todo o mundo, desde o Jesuralem post, ao principal jornal do Canadá, The National Post ─, Edgar Bronfman, Rupert Murdoch e Sumner Redstone, diretor do Viacom, um conglomerado mediático internacional que aglutina virtualmente todos os grandes segmentos da indústria da comunicação.
Por essa razão nunca ouviu falar antes do Clube Bilderberg. Para onde olhar ─ governos, grandes negócios, ou qualquer outra instituição que exerça o poder ─ verá uma constante: o secretismo. As reuniões da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), do G-8, da Organização Mundial do Comércio (OMC), do Fórum Econômico Mundial, dos bancos centrais, dos ministros da União Européia e da Comissão Européia, têm sempre lugar a porta fechada. A única razão que pode existir para isso é que não querem que você, nem eu, saibamos o que trazem entre as mãos. A já clássica desculpa, «não é do interesse geral», significa realmente que «não lhes interessa» que o grande público se informe devidamente. Mas, além desses encontros supostamente públicos, existe toda uma rede de cúpulas privadas que desconhecemos por completo. [3]
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