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A Viagem – 2ª Ed. 2008 – Virginia Woolf

A Viagem deve ser saboreado como o primeiro romance de Virginia Woolf. Foi certamente o trabalho mais difícil de sua brilhante carreira. Em agosto de 1906 ela escreveu à amiga Violet Dickinson contando ter escrito 40 páginas manuscritas. Segundo estudiosos essas 40 páginas podemter sido o início de A Viagem. Ela embarca no livro pra valer em 1907. Mas levarão nove anos antes de seu primeiro romance emergir. Consta que a idéia teria começado em 1904. Nesse ano, depois da morte do pai,ela e os três irmãos deixaram a sorumbática atmosfera vitoriana da casa em Hyde Park Gate, onde tantas perdas ocorreram, e mudaram-se para o alegre bairro de Bloomsbury onde as mentes finalmente floresceram e onde teve início o lendário grupo de modernistas que ficaria conhecido como The Bloomsbury Group. Até a entrega para publicação, pela editora do meio-irmão Gerald Duckworth, em 1913, o livro teve várias versões e três títulos – Valentine, Melymbrosia e The Voyage Out. A versão definitiva é esta, que o leitor brasileiro tem em mãos,perfeitamente traduzida por Lya Luft (que também traduziu a maior parte da obra de Virginia Woolf publicada no Brasil). The Voyage Out teve sua primeira edição lançada em 1915, quando Virginia tinha 33 anos. Estava há três anos casada com Leonard Woolf. Ao começar o livro, ainda como Virginia Stephen, solteira, ela vinha de várias perdas irreparáveis – a morte damãe, da meia-irmã, do pai e, em 1906, a morte do irmão Thoby. Mortes devastadoras. Durante o processo Virginiapassou por muitas e profundas crises mentais, tentativas desuicídio, culminando com um longo internamento assimque o livro foi lançado.Tudo isso está esmiuçado nas váriasbiografias, nas teses acadêmicas e nos diários, cartas e memórias da escritora. Durante a vida e até seu suicídio em 1941 Virginia passou por tantas crises e internamentosque, em 17 de abril de 1928, numa carta bem humorada aosobrinho Quentin Bell (carta citada na biografia definitivade VWpor Hermione Lee publicada pela Chatto &Windus, 1996) depois de visitar o asilo de St Rémy, naProvence, onde Van Gogh fora internado, Virginia, encantada com o lugar considerou a idéia de ser internada ali apróxima vez que pirasse. Mas, voltando ao seu primeiro romance, para nós, brasileiros, é uma honra, até então não divulgada, que Virginiatenha escolhido para a ação do romance um vilarejo – fictício, é claro – situado em algum lugar no norte do Brasil. O primeiro romance de Virginia Woolf se passa no Brasil?! Pois é. É bem verdade que em nenhuma, das tantas páginas do livro, ela é explícita em citar o Brasil. Se por umlado, talvez por uma consciente ignorância geográfica, elatenha preferido não se comprometer e generalizar para al-gum lugar fictício na América do Sul situado “na boca doAmazonas”, nós, brasileiros, lendo o romance e tendo uma certa noção de geografia, imaginamos o lugar entre Maranhão e “a boca do Amazonas”. O pai de RachelVinrace,a heroína,é dono de uma frota de navios cargueiros que faz rota entre o estuário do Tâmisa, em Londres, eBuenos Aires. Euphosyne, o navio que faz a viagem do título – como era comum em navios de carga – leva algunspoucos passageiros, a negócio ou turismo – entre eles o casal Dalloway (que faz só um trecho da viagem – a deliciosaSra. Dalloway, que Virginia entregará ao público em Mrs.Dalloway, 1925, uma década depois do lançamento de A Viagem) e os tios de Rachel,o casal Ridley e Helen Ambrose.


Helen, irmã de Theresa (a falecida mãe de Rachel) convence o pai deixar a filha sob seu cuidado para educá-la.Rachelestá com 24 anos. Rachel e os tios deixam o navio no portode Santa Marina onde o casal tem uma villa. O vilarejo temtambém um hotel cujos hóspedes, ingleses classe média devárias idades e extrações, improvisam uma típica colôniainglesa entre portugueses residentes – e filhos destes comíndios que também têm filhos com espanhóis. A paisagem é exuberante – rios gigantescos, florestas deslumbrantes e opressivas, praias, o mar, a luminosidade do céu, as transformações climáticas influindo no estado de espírito dos personagens, namoros e noivados, as vidas se entregam,como só os ingleses se entregam, ao paraíso e ao inferno desse meio ambiente. O livro certamente deve muito de sua inspiração a uma viagem a Portugal e Espanha feita em 1905 por Virginia e o irmão caçula Adrian. No cenário norte brasileiro tem até plantações de oliveiras, casas comlareira e outras características da paisagem ibérica. Numquestionário que fiz em1996 com Quentin Bell, sobrinhoe primeiro biógrafo de Virginia Woolf e seu amigo de toda a vida, perguntei sobre A Viagem se passar no Brasil. Quentin respondeu:“As noções de Virginia sobre a Américado Sul eram grotescas. Ela tinha uma amiga, VictoriaOcampo, de Buenos Aires, que tinha de explicar a ela quea Argentina não era uma floresta com jacarés e borboletastão grandes quanto urubus e com nativos perseguidos porpumas. A colônia de língua inglesa de The Voyage Out só existia na imaginação dela.” (A amizade de Virginia com Victoria Ocampo começou na década de 1930, duas décadas depois de A Viagem.) Sua imaginação estava sempre viajando por continentes onde nunca esteve. Só mais para o fim da vida Virginia, que nunca estivera na América, considerava a idéia de visitar os Estados Unidos.) O romance, em se tratando de Virginia Woolf, contém uma vastidão de elementos autobiográficos. Helen e Ridley lembram os pais da autora (Helen lembra também sua irmã Vanessa). Rachel, é claro, tem muito dela mesma,Virginia.Terence Hewet,com quem a heroína acaba noivando, tem mais do cunhado Clive Bell mas também algo de Leonard Woolf (a quem ela dedica o livro). Para St.John Hirst, cujo homossexualismo recebe no livro um tratamento velado,Virginia tomou como modelo o amigo Lytton Strachey (Strachey e Virginia, antes de ela decidir-se por Leonard, flertaram a idéia, logo descartada, de se casarem). Lady Ottoline Morrell (que também irá inspirar personagens emromances de Aldous Huxley e D.H.Lawrence) em A Viagem inspirou Virginia a criar a entusiasmada Mrs. Flushing. E assim outros, como a espevitada e comovente Evelyn Murgatroyd, filha de mãe solteira,fã de Garibaldi, fugindo do assédio de Sinclair e Perrott mas atrás do ambíguo St.

John Hirst, que foge dela como o diabo da cruz. O sabor maior de A Viagem está nos diálogos e nashistórias narradas pelos personagens. Embora de partodifícil (as várias versões do livro) já brota aqui, auspiciosamente, o humor de Virginia Woolf. Nada é previsível,tudo é surpresa e choque. Os personagens são extremamente tagarelas. Em momentos de puro lampejo sãoacudidos por revelações definitivas. Talvez por isso umdeles pense escrever um romance sobre o silêncio. Esendo ingleses, volta e meia estão se preparando paramais uma sessão de chá. Virginia ciclotímica no fluxo daconsciência. Uma hora é assim, outra hora é assado. Repentinamente as personagens se cansam de achar tudo ótimo e, irritadíssimas, descarregamfel e venenoumas nas outras. De feminina, feminista, magra, delicada, compassiva, Virginia vira fera, botinuda, e chuta obalde mandando tudo às favas. Mas são favas contadas. Logo ela volta cheia de compaixão. E quem sai ganhando é o leitor, porque tudo é ritmo, genialidade, paixão,pathos. E a opressão geográfica provoca ora o maior bem estar, ora uma insustentável irritabilidade. O paraísotropical se transforma em covil de serpentes. Mas, passada a tempestade, a crise, a demolição, volta a solidariedade, a amizade, o amor, o entendimento. Nada é simples, tudo é complexo, complexos são a autora e a América do Sul onde todos se encontram. À medida em que o livro vai caminhando para o fecho, do capítuloXXI até o capítulo XXV, não dá mais para ler de umasentada só, como se diz das obras fáceis. O sofrimento sem fim, a longa agonia, o delírio e finalmente a mortede Rachel é um dos capítulos mais profundos e tocantesde toda a obra de Virginia Woolf. Em 2003 a International Virginia Woolf Society, sediada nos EUA, convidou-me a colaborar em um número especial do Virginia Woolf Miscellany, órgão da sociedade, número dedicado às traduções de VW no mundo todo. Coube a mim escrever sobre as traduções brasileiras, desde Mário Quintana (Mrs.Dalloway) e Cecília Meireles (Orlando) às mais recentes, de Lya Luft e outros tão bons quanto. A pergunta geral era: Virginia Woolf viaja bem em traduções? Meu texto veio em primeiro lugar, logo após a introdução de Patricia Laurence, a editora, que escreveu: “Este número nos leva à Europa, ao Oriente Médio, ao Extremo Oriente e faz dela [Virginia] uma local.

Como afirma vivamente Antonio Bivar sobre as traduções em língua portuguesa, ‘é como se Virginia Woolf fosse uma grande escritora brasileira’. Cada um dos artigos aqui devem ser apresentados do mesmo modo – como se Virginia Woolf fosse japonesa, hebréia, espanhola, francesa…” E escrevi: “Virginia Woolf viaja perfeitamente bem em nossa língua. E que coincidência: em seu primeiro romance, The Voyage Out (A Viagem), o cenário onde se passa a ação é a América do Sul. Jane Wheare,editora e autora da introdução e notas da edição de 1992 de The Voyage Out, na coleção Penguin/TwentiethCentury Classics escreveu: ‘Santa Marina é uma cidade imaginária situada (de acordo com as descrições no romance) no Brasil, na boca da Amazônia’.” Antonio Bivar Membro do The Virginia Woolf Society of Great Britain Introdução Minha tia Virginia Woolf foi realmente uma grande escritora? Quando eu ainda era adolescente, umas poucas pessoas pareciam pensar assim, embora não tantas quanto hoje, e suas vozes espalhavam-se mais debilmente, nem muito convencidas nem muito convincentes. Mas naquele tempo o mundo era infinitamente menor e a palavra ‘grande’significava algo diferente.Aliava-se a alguma coisa tremenda, gigantesca e granítica, e apesar de Jane Austen, Charlotte Brontë e George Eliot, era duvidoso que uma mulher pudesse aspirar a tal condição. Às vezes me perguntavam o que eu achava e eu não sabia responder: a pergunta me parecia descabida, não combinava com o fato de Virginia ser minha tia. Se isso expressa meu próprio narcisismo, também expressa a seriedade com que Virginia assumia seu papel de tia. Mas como Rachel Vinrace em A viagem, eu não apenas suspeitava de que meu interlocutor exagerava, aumentava o tema segundo seus próprios objetivos, como também ficava calada por não saber o que responder de verdade. Isso em parte ocorria porque eu não apenas conhecia Virginia como membro da família – um dos ‘adultos’ –, mas porque, tendo o privilégio de escutar atrás dos bastidores, sabia que estava longe de ser perfeita. Podíamos provocá-la, rir dela, às vezes na sua frente, mas em geral às suas costas. Virginia a egoísta, Virginia a desastrada, Virginia a distraída, Virginia a exagerada, a esnobe e mexeriqueira. Minha família raramente elogiava seus próprios membros: virtude era considerada coisa natural porque defeitos comuns – habitualmente tolerados – eram muito mais divertidos de se comentar. Mesmo assim, a verdade (oposta à exatidão) era importante, e eu sabia que era preciso ser fiel a ela: mas que proposição impossível relacionada a alguém tão próximo de mim, tão protéico, tão esquivo, irônico e inconclusivo. Para minha autodefesa eu costumava dizer que preferia seus ensaios críticos aos romances, mas hoje vejo que minha mente não estava pronta para ser excitada e fertilizada pela maravilhosa imaginação de Virginia. Estava na fase em que ainda precisava identificar-me com heróis e heroínas, e não existe nenhum nos romances de Virginia: são indivíduos e personalidades, mas encarados com um distanciamento que se recusa a conferir-lhes as proporções de uma Catherine Earnshaw ou um Julien Sorel. Apesar de toda a sua simpatia e afeição, Virginia vê com o olho mais do que com o coração, e é um olho colocado na lente de um telescópio ou no topo do Monumento. Teria sido preciso mais conhecimento, mais imaginação do que estava a meu alcance, para apreciar os talentos especiais de Virginia como romancista. A viagem não é um romance apreciado pelos que não podem tolerar certa distância entre eles mesmos e o tema. A identificação com Rachel, Terence ou Helen só trará decepção, pois, não sendo sobre-humanos, eles não podem nos levar a essa condição. Com exceção talvez de Helen Ambrose, são as pessoas mais comuns do mundo. São também arquétipos de homem e mulher, um pouco achatados pela distância, como se avistados muito cedo de manhã, através de um nevoeiro. Pois este, devemos lembrar, é um primeiro romance, publicado em 1915. Virginia estava testando suas asas.

As penas já estão ali, essas que a farão pairar alto sem esforço, mas no momento há um grande encanto nessa experiência nova, a aurora do seu protesto contra romantismo e realismo, afirmado por uma jovem mulher que, embora inexperiente, já é capaz de um ponto de vista intelectualmente maduro e sofisticado. No capítulo XVI de A viagem,Terence Hewet, namorado de Rachel Vinrace, diz: “Eu quero escrever um romance sobre o silêncio, as coisas que as pessoas não dizem. Mas a dificuldade é imensa”. Olhava-a quase com severidade. “Ninguém se importa. Só se lê um romance para ver que tipo de pessoa é o escritor e, se é conhecido, para ver quais de seus amigos ele botou lá dentro.” Essa é uma queixa que a própria Virginia pode ter feito de tempos em tempos.Talvez não fosse muito séria,ou esperamos que não, pois para nós, leitores de sua obra, um dos maiores prazeres é a oportunidade de ver dentro da mente de Virginia. Humana, pessoal e bem-humorada como sempre é uma face dela, aumenta a nossa sensação de intimidade se pudermos distinguir, entre seus personagens e situações, personalidades e reações que se ligam ao que sabemos sobre sua própria vida. Mas há um motivo mais profundo, o de que a mente de Virginia era excepcional; seus interesses, amplos e variados; suas emoções, profundas; suas convicções, apaixonadamente defendidas – mais que isso, sentimos que ela não dirá nada em que não acredite. Já que este é um romance muito preocupado com um senso de discriminação e de valores, sua própria mente e visão são emgrande parte o verdadeiro tema deste livro: não as poderíamos evitar ainda que quiséssemos. Elas são o ar que durante essa extraordinária viagem temos o privilégio de respirar. Os eventos que formam o romance são extremamente simples. Depois de uma viagem através do oceano para as latitudes do Sul, durante a qual a heroína sente o frêmito de ser beijada por umhomem com quase o dobro de sua idade, ela se apaixona por um rapaz chamado Terence Hewet. Seu amor mútuo, visto subjetivamente e sem romantismo, é colocado diante de um pano de fundo, em boa parte cômico, composto por turistas jovens e velhos hospedados no hotel local. Aparentemente destinado a uma relação mais honesta e verdadeira do que o habitual, o noivado acaba com a doença e a morte de Rachel, e depois disso nos é mostrado que, não importa qual a tragédia, a vida continua sem maiores alterações. Contada sem rodeios, a história é tão banal que pode ser difícil compreender por que deveríamos nos dar ao trabalho de lê-la. Mas escolhendo uma moldura tão simples, Virginia tornou possível concentrar-se naqueles temas que ela considerava importantes. Rachel e Terence, mesmo Helen Ambrose, não são notáveis: conquistam nossa simpatia porque os vemos lutando contra forças mais poderosas que eles. Desde o começo compreendemos que Helen, a mulher mais velha, mãe e esposa arquetípica, está cheia de pressentimentos. Verdade que podemos sentir que seus receios quanto aos próprios filhos são exagerados, mas durante o livro ficamos muito conscientes da extensão de sua experiência: ela em alguma ocasião anterior encarou a morte, e com relação a isso tem uma profundidade psicológica maior do que qualquer outra pessoa no romance. Esposa, mãe e enfermeira, ela também é a observadora, a sábia Oinone, confidente de Fedra, que observa e comenta, a um só tempo compreensiva e cética porque sabe que não temos liberdade para fazer o que desejamos. E quando no final chegamos à morte de Rachel, nós a vemos como resultado dessa vulnerabilidade. A vida, impiedosa e violenta, esmaga os jovens e corajosos bem como os velhos e os fracos, mas por causa de sua imensurável vitalidade nós nos apaixonamos por ela: apesar de tudo, ela tem de continuar. Isso não quer dizer que a doença e a morte de Rachel sejam descritas de maneira desumana, sememoção.

Ao contrário, a experiência é vista primeiro da perspectiva dela e depois da de Terence, com um realismo visionário que só pode ter sido adquirido através do sofrimento pessoal. Em seus 33 anos de vida, Virginia teve um contato terrivelmente íntimo com a morte. Sua mãe morrera quando ela tinha 13 anos, e dois anos depois sua adorada meio-irmã Stella Duckworth morreu de peritonite, morte mais triste ainda porque casada poucos meses antes com o advogado Jack Hills, ela florescera depois de uma juventude à sombra de sua brilhante mãe. Depois, nove anos mais tarde, em 1906, o irmão mais velho de Virginia, Thoby, morreu de tifo, diagnosticado tarde demais, após um feriado que passaram juntos na Grécia. É mais do que provável que o romance seja um reflexo desses acontecimentos traumáticos e um esforço de colocálos numa perspectiva literalmente suportável, com a experiência pessoal de Virginia de enfermidade aliada a colapso mental. Mesmo que, como sugere Quentin Bell, ela tivesse começado a pensar em Melymbrosia, como se chamava o livro no começo, em 1904, foi só nos dois anos seguintes à morte de Thoby que ele adquiriu importância suficiente para Virginia falar a respeito dele. Foi então que mostrou os capítulos iniciais a seu cunhado Clive Bell, que lhe deu excelentes conselhos encorajadores. Diz-se que ela escreveu ao todo sete versões diferentes, completando a versão final, mas ainda não corrigida, pouco antes de seu casamento com Leonard Woolf, em 1912. Mesmo então, principalmente devido à enfermidade, a publicação foi adiada até 1915, quando ela estava demasiado perturbada mentalmente para apreciar o acontecimento. Em sua necessidade de escrever, ainda que obliquamente,sobre seu próprio sofrimento,Virginia escolheu – ou talvez tenha sido forçada pela intensidade de seus sentimentos – assumir a visão do topo da montanha, de onde, embora as pessoas pareçam menores, o ar é claro, transparente e seco. Sua extraordinária capacidade de ser fiel a suas próprias sensações, enquanto de um lado evita o sentimentalismo, também inclui traços de misticismo, da idéia de que a morte também implica libertação e êxtase. Todo o capítulo XXV, com o patético e o ridículo que se ligam ao sofrimento, testemunha o gênio de Virginia.

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